Inúmeras pessoas passam a vida buscando a companhia de outras, sempre tentando suprir alguma carência ou então, apenas para dividir os dias e as coisas porque estar sozinho soa como errado ou desesperador. Sinceramente, eu sempre amei meus amores e meus relacionamentos, mas gosto de estar comigo mesma. Nunca me senti só de verdade. Eu tinha a ligeira sensação de que o gosto na boca que eu sentia era sim liberdade, mesmo que o mundo chamasse de necessidade de atenção. Nunca me incomodei com o silêncio que ficava durante a madrugada quando sabia que ninguém mais iria chegar e seria só eu no meu apartamento. Como eu disse, eu gosto de estar sempre comigo mesma. Liberdade tem um gosto bom, as pessoas deveriam experimentar.

E embora existam diversas situações em que eu mesma não me suporte, eu sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar e me acho incrível. Deus bem sabe que eu sigo me impressionando comigo mesma e sempre descubro uma faceta nova. Nada paga a sensação de paz e amorosidade que habita o coração de alguém quando esse conhece o amor em outra pessoa, mas nada supera conhecer o amor em si mesmo e por si mesmo. Muitas pessoas e livros trazem diversas frases e motivações sobre o amor próprio, e embora seja um assunto batido ninguém nunca explicou como isso acontece ou pode ser conquistado. Então lá vai uma dica; se ache incrível. Goste da sua própria companhia, esteja sempre consigo mesmo – até quando você estiver com outro alguém. Não precisa romper consigo próprio para estar com outro, assim como você não precisa romper com o outro para poder se conhecer melhor. Apenas esteja consigo mesmo, com as coisas que você gosta e não aceite menos do que sabe que merece.

Desfrute incrivelmente daquilo que você gosta, e não tolere o que você não aceita. Se ame. Se descubra. Aprenda. O texto não tem nenhuma intenção de motivar você ou te fazer repensar atitudes, e quem sou eu para tentar instruir alguém… mas a gente passa a vida aprendendo a lidar com os outros e mal sabemos lidar com nós mesmos, e no final das contas, o barato da viagem é que a gente sempre acaba voltando para dentro de si. Para nós mesmos. Tudo é sempre um círculo, dentro de um outro círculo… sem começo e sem um fim – então nem adianta evitar esse relacionamento, não adianta evitar olhar ao redor e resolver se aproveitar, porque hora ou outra você vai se ver de frente consigo mesmo e tendo que se suportar – e se gostar, no final das contas. Se apegue a si mesmo enquanto puder, e aprenda a se curtir. O bom mesmo é estar sempre com a gente.