A saudade de alguém é a maior prova de que se amou, de que foi real.

O amor depois que acaba, vira ódio e depois mágoa. Depois de remoer a mágoa, desopilar os rins discutindo os pontos e vírgulas, a mágoa vira saudade. Depois da saudade, vira mais saudade ainda, e por fim, a indiferença. Se você for uma pessoa de sorte, talvez vocês terminem amigos. Não aqueles amigos normais, mas aqueles amigos de finais de semana. Aqueles amigos em que você deita a cabeça no ombro dele, e os dois ficam em silêncio porque se conhecem o suficiente para ficarem assim. O silêncio, nesse caso, não incomoda, é só sinal de intimidade.

E bom, apesar de que não se ame mais, a saudade sempre será presente. A saudade é latente, machuca, e te faz lembrar de detalhes que você nunca havia reparado, detalhes que nunca fizeram diferença, mas agora constroem cada lembrança de vocês dois. A saudade é tão cruel que faz você sentir cheiros que você nunca se quer deu conta que existiam, ou sentir saudade de comentários que você não costumava se importar. A saudade faz você relembrar caminhos, reencontrar pessoas perdidas por entre os anos e danos, sentir novamente sensações que só aquele amor te fez sentir. A saudade faz você querer de novo. Te tortura, te confunde. A saudade não é o que resta do que foi bom, é o mal que fica daquilo que não ficou. É a prova de que se amou, mas acabou.