A liberdade é uma estrada, e nem sempre é fácil andar por ela. A gente passa a vida tentando chegar a essa rodovia, para sentir enfim o vento acariciar nossos rostos e esvoaçar nossos cabelos, mas a passagem é muito cara. A gente se rela todo, aguenta da forma que der, e quando dá de cara com a liberdade, a gente engasga. Andar por essa estrada é difícil, e já vi muita gente dar meia volta sem nem ao menos tentar andar um quilômetro.

As justificativas são inúmeras, e eu até acho que deve haver alguma válida, mas não há nada melhor que a sensação de liberdade que é desfrutar dessa viagem louca. Não é uma estrada fácil de se andar, embora o destino seja lindo. A vista é inspiradora, e o sentimento de conseguir vencer cada quilômetro liberta. Mas nem todos querem isso, nem todos gostam de viagem ou acham que a vista vale a pena. Alguns estão apenas interessados no destino, mas essa viagem nunca tem fim. A busca pela liberdade é a constante. É o momento de poder escolher, viver, viajar. Andar em busca do que se deseja.

Ter medo de enfrentar o que não se vê, de se lançar na vida e arriscar, é isso que acaba com a liberdade. Toda viagem tem seus percalços e situações-problemas, e tudo bem. Afinal, que graça teria se tudo desse sempre cem por cento certo, e não pudéssemos ser levados ao limites para testar nossos limites e nossa força? Na hora que a vida bate, parece cruel demais e sofrido, mas depois que o fogo passa, e a gente assopra os machucados que restaram, a gente vê que aguentou. Que é forte sim, que aguenta mais um pouco. E se apaixona pelas marcas e lembranças dessa viagem sem fim.