Quero um amor devagarzinho. Quero um amor tão leve mas tão intenso que me faça cair ao chão no primeiro round. Que me faça pedir arrego, que eu peça por clemência. Quero um amor que me faça perder a noção das horas, e reclamar que a partida parece sempre mais rápida e eminente do que o tempo para gastar à dois. Eu quero um amor bandido, um amor que deixe rastros e vestígios. Um amor que me inspire rimas e madrugadas conjuntas, um amor que seja trilha sonora para esse próprio amor. Eu quero um amor alá Renato Godá.
Eu quero um amor que me faça rever diretrizes, questionar vontades e reavaliar padrões. Eu quero me perder na curva entre o pescoço e o ombro. Eu quero um sussurro abafado no ouvido, como um verso cantado por voz de sereia ou marujo apaixonado. Eu quero que a dança dos corpos seja lenta e conjunta, como um passo de dança tão íntimo que me exija uma entrega eterna. E eu quero esquecer das horas, e abusar da demora para ficar ali. Quero um amor para me deixar mordido de saudade, para me fazer ansiar pela presença e gastar horas conversando e conhecendo e amando. Eu quero um amorzinho bem bossa nova. Quero um amor que me faça declamar poesias. Um amor para se amar em um abraço.
Você provavelmente também quer um amor à dois, um amor alá Renato Godá. Um amor com trilha sonora envolvente, com pedidos quentes e sensíveis. Com vontades voluptosas e escolhas decisivas. Um amor que te faça mudar suas certezas e se excitar com a vida outra vez. Eu quero esse amor louco, amor de muito tesão, muita briga e muita conversa terminada no abraço.