Ele veio cicatrizando. Talvez eu tenha sido uma das primeiras a dizer que não tinha paciência para o tempo. Sempre fui daquelas pessoas de ficar remoendo.

Só que à medida que o tempo foi passando, eu fui vendo. Fui me desligando do que estava doendo. Me perguntei então pelo quê eu estava sofrendo.

Percebi que não poderia permanecer assim. Eu não tinha esse direito. Tinha tanta coisa a minha volta acontecendo... Por que eu não estava vivendo?

Só porque as coisas não estavam do meu jeito? Que se não fosse como eu queria não seria perfeito? Quantas lágrimas mais eu desperdicei e chances não me dei de um recomeço?

Quanto tempo mais eu ficaria presa ao meu próprio julgamento? Eu levantei. O que e quem estava certo era o de menos.

Desisti de tentar me preocupar. Quero estar presente em tudo o que estiver acontecendo para mim, mais do que com o que poderia estar sendo.

Porque se eu continuasse assim, exigindo, olhando para trás toda vez e estando presa ao passado, só eu que continuaria perdendo.

O tempo cura depois que tudo vira do avesso. Aprendi que certas coisas vão se resolvendo depois que nossas mãos estão abertas e gratas para o que estão recebendo.

Eu sigo agradecendo mesmo muitas vezes não entendendo.

Vigio o que há nos meus pensamentos, mas o que vier aceito. Para melhorar qualquer sentimento é preciso aceitar e encarar primeiro.

E lembrar que é passageiro.

Afinal, essa não é apenas a minha lei... Mas é a lei do tempo.