No seu abraço eu encontro abrigo e encontro o amor de Deus.Silenciei meus medos, meus apegos e desatinos. Quando finalmente fiz isso, me encontrei, me amei e sosseguei.

Deixei a porta aberta. Você abriu, me perguntou que horas eu cheguei. Se esperei muito e em vez de reclamar, eu disse que aguardei o tempo necessário para saber qual seria o momento ideal para compartilhar amor com outro alguém.

Você sorriu para mim. Colocou as mãos sob as minhas e me convidou para visitar um pouco da sua história. Tudo o que você teve que passar até aprender a valorizar a paciência para encontrar um amor tranquilo.

Nenhum de nós aprendeu isso da noite para o dia. Tivemos que errar, cair, em alguns momentos nos perder até sermos convencidos por um chamado de que tinha chegado o momento de voltar.

Lembro das vezes em que caminhei a contragosto. Que não queria acreditar que seria diferente para mim. Que eu estava fadada ao fracasso e que amor era a última coisa que na minha vida tinha espaço para chegar.

Foi um processo árduo. Tive que parar algumas horas para respirar. Tive que voltar a errar. Vi minhas ações se repetirem até que vi que não fazia mais sentido me culpar sobre os erros que eu cometia. Quem era eu para me julgar?

Aproveitei o que tive que aproveitar. Dancei, ri, saí de casa, mas eu sempre voltei.

Mas teve um momento em que vi Deus me pedindo para eu esperar.

Resolvi aceitar.

Até que te vi entrar. Sem expectativas, sem se iludir, desarmado e com cara de quem veio para ficar.

Uma página acabava de virar e nós dois estávamos juntas nela, sem um ou o outro para liderar. Agora era trocar carinho, ouvir um ao outro e ter paciência, mas principalmente...

Ter paz para amar.