Sorte é uma palavra recheada de vários sinônimos. Para alguns, sorte é desviar das quinas dos móveis, ter o último pedaço da pizza ou só não perder o ônibus mesmo. E tem a minha que é ele.

Não que eu não tenha sorte para outras coisas, por exemplo: quase nunca perco o ônibus e amo encontrar dinheiro perdido em algum bolso aleatório. Por outro lado, nem sempre consigo esquivar das quinas.

Encontrar alguém como ele é tão raro e surpreendente quanto abrir o pote de feijão e encontrar sorvete.

E é por isso que eu nunca paro de marcá-lo em memes ou de buscar água depois do sexo. A gente não precisa daquelas declarações frágeis e baratas assinadas por Vinicius de Morais ou Drummond.

Aquela respirada profunda acompanhada de um olhinho de vírgula depois de uma gargalhada, deitar no sofá depois do almoço de domingo e ver os dois engordando juntos não tem preço, nem sorte. É mais que isso.

Não sei o que passa na cabeça dele, às vezes, nem na minha eu sei direito, mas de uma coisa tenho certeza: estar com ele é tão bom quanto Coca-Cola e pizza no café da manhã.

Acho que me dei bem, ou melhor, benzão, não é?