Ô, mulher. É você mesmo, desfilando e desprezando o coração.
Não se acanhe, venha cá. Vem e faz o meu abraço uma casa, em que o seu sorriso é a janela da frente, por onde o sol passa e a iluminação do meu dia. Claro, faz da sua vida a minha. A nossa. Do que eu ja vivi, dos sabores da atração que ja provei, gostei mesmo e do'cê. "Ocê, cê" acho que é um traço. Dizem que o circunflexo indica vogais tônicas e fechadas, de fechada você não tem nada, mas de tônica...
Desculpa, é que eu me empolgo em intensidades como, quando sinto queimar, mal de bombeiro.
Mas não se acanhe, não foge não.
Fica, para ver que queimar nem é tão ruim quanto que parece. Para ver que desilusão é tão apelativa. Diz que é sim pra gente. Diz que é sim pra mim. Não se acanhe, moça. Vem sem medo, difícil e basta esse sobrenome. O “ficar” é muito subjetivo, gosto mais de ser sinônimo mas, hoje vamos deixar de lado essa tal realidade.
Vem cá, não acanhe, coloque a cabeça aqui, deixe eu olhar e encantar tudo ou sempre disse que encantava. Por três dias. Ou sei lá, talvez pela eternidade.
Ô, mulher ...
Desça mais cedo da aula, não espere o intervalo, não espere algo esfriar, não espere o sorvete derreter. Diz que a saudade tá judiando, que você não aguenta e vem cá. Sai por aquela porta, vem feliz, vem leve. Tudo bem, pode vir com medo, mas vem decidida. Indeciso já basta eu, sambando nas palavras e desconsertado pela droga do teu sorriso.
É assim que eu sou, moça: intenso para caralho, mergulho nas minhas histórias que ganharam um motivo de desfecho diferente recentemente.
Eu não vou ter vinte sempre, lindeza. Na próxima Copa do Mundo eu já chego na casa dos vinte e poucos, mas quero que se foda o título, a Copa do Mundo e o menino Ney, se você decidir se jogar, se disser que vai ficar.
Eu realmente espero que você viva uma história tão diferente e encantadora quanto a de Dante - é que elas devem fazer mais sentido com você, guria. Por isso que eu estou aqui te esperando, vem cá sem demora. Vem viver esse agora.