É, mulher...
Tô aqui sentado no bar, tu bota fé? E eu descobri que eu não sei como reagir a você, meio estranho né não? Pois é, sou meio aluado mesmo.
Tu é foda! Não pode ver minha mente quieta que vem atiçar, e sequer sabe do que eu penso. Se acha o que eu escrevo legal, imagina só até ver o que eu apago. É, foguinho... na mente de escritor é tudo meio doido. Se tivesse um oitavo pecado capital, de longe, seria você.
Eu já contei que eu sou pirado em tu, garota? Acho que com certeza não, se eu tivesse falado não estaria escrevendo isso sentado numa mesa de bar. Eu sou pirado no que tu é. Até onde posso ir? Avanço ou permaneço? As expectativas andam altas e as apostas são as mais variadas. Com um pouquinho de negociação tudo se acorda. Mas bora vivendo, um dia a gente se entende.
Eu dei até um apelido pra você: cabelo cor-de-fogo. Acho que nunca te contei o porquê. O dicionário diz por aí que Fogo significa são os conjuntos de reações que queimam, e queimam forte, tá sabendo tudo esse Seu Aurélio, quando ele bater os olhos em você vai ver que a essa reação começa do pôr do sol a até o próximo amanhecer.
E eu ainda nem sei como te dizer isso, talvez eu faça uns rabiscos tortos e jogue essa carta na frente da sua casa. Se a grafia for cheia de curvas, fui eu, é pra combinar com todas as indas e vindas do compasso do coração quando eu olho pra sua foto. Descobri que moramos pertinho, tô até passando mais vezes na rua da sua casa, se eu te ver lá eu pergunto que horas são, e não é nem desculpa não, é porque com você não dá pra raciocinar enquanto eu prendo a respiração. Até sai algumas rimas, em uns versos mais profundos, porque mais do que ação, inspiração que muda o mundo.
Ainda não sei, mas é tudo questão de quando.
E mesmo entendendo que quando você diz "eu sou devagar" tá falando da percepção,mas faço de mim uma eterna volta, plantando a tão famigerada saudade em cada esquina que meu o pensamento em você acaba passando, assim ficar tudo bem de-vagar-inho. O sentimento vaga de esquina em esquina. E eu que até já pulei de paraquedas, sinto o mais sincero frio na barriga quando eu penso no medo que me dá.
Medo de nunca sair da cabeça o que o coração já não consegue esconder.
Então da próxima vez, pretendo escrever pra você enquanto fito seu olhar firme no cover que tá rolando e paquero esse seu sorriso do outro lado da mesa. O cover é do Nando, mas quem tá guardando esse amor sou eu.